O documentário Gigante Azul, que aborda o universo simbólico e cotidiano da Feira Hippie de Goiânia, concluiu sua etapa de contrapartidas com duas exibições especiais em escolas da rede pública de ensino. A iniciativa faz parte do projeto contemplado pelo Edital nº 4/2023 da Lei Paulo Gustavo, operacionalizado pelo Estado de Goiás, e teve como objetivo democratizar o acesso ao audiovisual e fortalecer a memória popular goiana.
A primeira exibição dessa etapa final aconteceu no Instituto Gustav Ritter, em Goiânia, onde uma turma de 3º ano do ensino médio participou ativamente da sessão. Os estudantes demonstraram grande interesse pelo tema e contribuíram com reflexões sobre os personagens e as transformações da Feira Hippie ao longo do tempo. Foi um momento de diálogo e escuta com jovens atentos e engajados, que enxergaram no filme uma oportunidade de pensar sobre cultura, trabalho e resistência.
O encerramento da contrapartida aconteceu no Colégio Estadual João Carneiro dos Santos, em Senador Canedo. Em uma única noite, o filme foi exibido para três turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), reunindo mais de 150 pessoas. A recepção calorosa e as conversas após as exibições revelaram o poder do cinema em conectar histórias de vida, fomentar debates e valorizar experiências muitas vezes invisibilizadas. A EJA é uma modalidade de ensino voltada para pessoas que não tiveram acesso à escola na idade regular e é marcada por uma diversidade de trajetórias e vivências.
Ao todo, a contrapartida do projeto realizou sessões em quatro instituições de ensino em Aparecida de Goiânia, Hidrolândia, Goiânia e Senador Canedo. As exibições contaram com a presença de integrantes da equipe do filme, como o diretor Gabriel Vilela, os produtores Rodrigo Mota e Raul Martins, e a diretora de fotografia Dheniffer Wagata, que participaram das conversas com o público e compartilharam os bastidores da produção.
Com essas ações, Gigante Azul cumpre sua missão de levar o cinema para além das salas tradicionais, promovendo o encontro entre a arte e a comunidade. A equipe do projeto segue empenhada em novas formas de divulgar, registrar e valorizar a Feira Hippie e seus trabalhadores, reafirmando o compromisso com a cultura popular e a memória coletiva de Goiás.
